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Rio de Janeiro; s.n; 2018. xxii, 177 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1053058

ABSTRACT

Aedes aegypti é o principal vetor de arbovírus ao homem, como o dengue, Zika e chikungunya. Como não existem tratamentos específicos e vacinas disponíveis, exceto para a dengue, o controle desses patógenos se dá mais comumente pelo combate ao vetor. Por este motivo, os inseticidas constituem-se a principal ferramenta de controle, cuja a aplicação indiscriminada tem levado à resistência dos vetores aos principais compostos utilizados no seu controle. Diante disso, novas estratégias de controle são sempre almejadas. O objetivo desta tese foi monitorar a densidade de Aedes, direcionar as ações de controle destes vetores e conhecer a distribuição espacial das populações de Aedes aegypti e Aedes albopictus da Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, bem como capacitar os agentes de vigilância em saúde, conhecer o perfil de resistência/susceptibilidade a inseticidas, as frequências dos alelos de resistência knockdown (kdr) a piretroides e a estruturação genética entre populações de Ae. aegypti em áreas portuárias na baía de Guanabara, Rio de Janeiro, em duas estações do ano.


O monitoramento foi realizado por meio de 90 ovitrampas de forma contínua e bimestral, durante dois anos, em dois extratos da Ilha. As ações de controle foram direcionadas em apenas um dos extratos, seguindo as orientações do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Foram realizadas palestras sobre a biologia dos vetores e a distribuição de mapas com a densidade de ovos de Aedes aos moradores da Ilha; foram realizados ensaios do tipo dose-resposta para conhecer o perfil de resistência aos inseticidas deltametrina, malathion e temephos; genotipagens por RT-PCR de SNPs foram realizadas para estimar a frequência das mutações kdr Val1016Ile e Phe1534Cys e genotipagem de 12 loci microssatélites para a genética das populações de Ae. aegypti. Durante 107 semanas epidemiológicas foram coletados mais de 760.000 ovos de Aedes, com média de 4.927 ovos por ovitrampa. Houve flutuação sazonal pelas estações do ano, com o índice de positividade de ovitrampas (IPO) ≥50%.


No monitoramento bimestral, foram coletados mais de 213.000 ovos, média de 222 ovos por ovitrampa/semana e IPO≥50%. Ae. aegypti (70%) predominou por toda Ilha, porém Ae. albopictus (30%) foi presente em todas ovitrampas e associado às armadilhas próximas de vegetação. A densidade de ovos teve associação positiva com precipitação e temperatura com duas semanas de defasagem. O direcionamento do controle de vetores não apresentou resultados significativos entre a associação das ações de controle e a densidade de ovos de Aedes. Todas as populações de Ae. aegypti avaliadas foram resistentes a deltametrina com RR50>10 (razão de resistência) e temephos (RR50≥5) e susceptíveis ao malathion (RR50<5). As frequências alélicas das mutações kdr foram elevadas, com frequências dos genótipos resistentes acima de 90%, no verão e inverno. Nas análises com microssatélites, o verão apresentou maior índice de variabilidade e estruturação genética. No conjunto, as ferramentas utilizadas neste estudo contribuíram para o entendimento da dinâmica sazonal de Ae. aegypti da Ilha de Paquetá, do status de susceptibilidade/resistência a inseticidas e que as barcas que transportam passageiros entre as estações da baía de Guanabara podem estar contribuindo com o fluxo gênico de Ae. aegypti entre as localidades avaliadas. (AU)


Subject(s)
Animals , Insecticide Resistance , Microsatellite Repeats , Aedes , Vector Control of Diseases , Dengue/prevention & control
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